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Inteligência artificial começa a dinamizar o comércio varejista no país

Inteligência artificial começa a dinamizar o comércio varejista no país

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Algoritmos de aprendizagem em tempo real identificam tendências de comportamento do consumidor, reduzem o estoque de itens nas lojas em até 50% e aumentam vendas em até 20%. Tecnologia já é adotada por redes como Aramis, Grand Cru, Vivara e Lojas Lebes


Uma tecnologia israelense baseada em algoritmos de aprendizagem em tempo real (inteligência artificial) e na utilização massiva de dados (big data) vem sendo capaz de captar mudanças no comportamento do consumidor em tempo real. Ela tem contribuído para ampliar o faturamento e as vendas de grandes redes varejistas do país como Aramis, Grand Cru, Vivara e Lojas Lebes e reduzir o estoque em lojas em até 50%.


Seus algoritmos orientam a distribuição de produtos nos pontos de venda de forma que os itens que estejam despertando maior interesse do consumidor fiquem sempre disponíveis, na quantidade certa, e nos locais adequados para atender pontualmente à demanda, sem excesso ou escassez.


A inteligência artificial detecta, em tempo real, que, por exemplo, um determinado modelo de blusa, da cor vermelha, começa a vender de forma mais acelerada em determinada loja ou região. Imediatamente reorienta a distribuição daquele modelo e cor de blusa para aquele local, evitando o desabastecimento do produto e a consequente perda nas vendas.


Além de contribuir para aumentar as vendas, a tecnologia também impacta toda a estrutura operacional do varejo. “É possível atingir até 50% de redução nos estoques de lojas e manter 98% de disponibilidade de produtos nos PDVs”, exemplifica Igor Melo, cientista de negócios e head da Onebeat no Brasil, startup israelense proprietária desta tecnologia. Para Melo, é muito comum as empresas sofrerem com fluxo de caixa, enquanto possuem uma pequena fortuna parada no estoque. “A inteligência artificial ajuda a equacionar isso”, pontua


A Aramis é uma entre as que já adotaram a tecnologia. “Estamos vendendo mais peças com um sortimento menor e tivemos uma melhoria de 60% no giro de estoque”, relatou Richard Stad, CEO da empresa, em recente entrevista. “Conseguimos manter as margens de lucro e reduzir a necessidade de realizar liquidações. Além disso, vamos ter maior acuracidade para desenvolver coleções mais assertivas”, complementou.


Crescimento


Além da Aramis, Grand Cru, Vivara e a Lojas Lebes, outras 16 grandes redes já passaram a utilizar a tecnologia no Brasil. De acordo com Melo, a operação brasileira da Onebeat é a que mais cresce no mundo e isso se deve em grande parte à vitalidade do varejo no país, que tem procurado alternativas tecnológicas para melhorar a gestão, as vendas e alavancar o faturamento. “Crescemos 30% em 2020, 70% em 2021. Agora, a nossa meta é dobrar a operação brasileira este ano”, informa.


Outra característica da tecnologia de IA é a de que ela se integra diretamente aos sistemas estruturantes das empresas (como um ERP, por exemplo) e faz a extração e análise dos dados de movimentação de estoque em toda cadeia. “A inteligência artificial se acopla aos sistemas operacionais das empresas e passa a funcionar como uma camada adicional, que analisa os dados e gera insights. Não é necessário mudanças na estrutura tecnológica utilizada pelas empresas e isso facilita sua utilização”, explica Melo.


A tecnologia também possibilita que as empresas do varejo façam uma POC (Proof of Concept/Prova de conceito), que permite simular, com dados reais, a efetividade da tecnologia. “Isso é feito gratuitamente, então a empresa pode conferir, com muita precisão, quais são os ganhos potenciais com o uso da tecnologia antes de optar pela sua aplicação”, pontua o Head Brasil da empresa.