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IoT no Metaverso: A ligação entre o imerso e o submerso

IoT no Metaverso: A ligação entre o imerso e o submerso

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Veja a importância e de qual forma poderá ser aplicada a Internet das Coisas dentro do Metaverso. Profissional adianta que a interseção trará o foco principal na realização de simulações nas operações atuais, ajudando a identificar perigos potenciais e também na tomada de decisões para evitá-los


Por Adriano da Silva Santos


Mesmo que se considere o metaverso, um mundo ainda em construção, já podemos ver inúmeras perspectivas e promessas dentro desse novo universo. Um desses aspectos prevê a possibilidade de um indivíduo ter o poder de replicar sua identidade e até melhorá-la virtualmente. Esse fato ocorre por conta de muitas opções de aplicações que podem se integrar a essas diretrizes, uma delas é a IoT.


Para se ter uma ideia, a IoT conecta dispositivos digitais por meio de sensores e gadgets. Ela possui a capacidade conectar alto-falantes ativados por voz, aparelhos médicos, termostatos e sensores climáticos a fontes de dados e muitas outras aplicações práticas que melhorem a imersão e adesão à experiência digital.


Em uma visão prática, os aplicativos IoT do Metaverso podem coletar e distribuir dados do mundo físico para criar uma representação precisa de um objeto, com detalhes bastante específicos sobre modelos de tomadas de decisões e sistemas reativos ou reagentes. Exatamente por conta desse processo é que a réplica de uma pessoa dentro do metaverso pode gerar uma série de respostas biofísicas únicas, como por exemplo, quando o indivíduo real se muda para um lugar cujo clima natural seja diferente.


Ademais, a interseção de IoT e Metaverse trará o foco principal na realização de simulações nas operações atuais. Isso ajudará a identificar perigos potenciais e tomar precauções para evitá-los. Essas tecnologias ajudarão a aplicar novos modelos às circunstâncias atuais e criar produtos e serviços baseados nessas informações.


Essa etapa provavelmente exigirá a capacidade do metaverso de capturar dados de seus arredores, incluindo a ingestão em massa de informações da Internet das Coisas. Esses insights não apenas precisam ser representados de maneira significativa nesse universo imersivo, como também devem ser responsivos e adequadamente protegidos. O resultado disso é que as empresas – que podem ter medo de liberar o controle de ativos físicos para operadores remotos – podem encontrar um caminho mais seguro em aplicativos transformacionais, principalmente com a união entre os gêmeos digitais de IoT, ou seja, representações digitais de entidades do mundo real.


Em síntese, os ambientes 3D tornam-se mais fáceis de adaptar dentro de um universo virtual, pois se conectam à uma variedade de dispositivos da vida real por intermédio da aplicação de IoT. Realizar simulações no Metaverso, particularmente com gêmeos digitais, torna-se muito mais simples, fazendo com que os mundos metafísico e virtual convergem-se e se transformem em indistinguíveis, concomitante em que fornece um local, cuja interface esteja personalizada.


A tecnologia de gêmeos digitais exige que os objetos digitalizados sejam incorporados com metadados reais e feeds de dados ao vivo por meio de sensores de IoT. Com o interesse e o investimento atuais fluindo para o metaverso, muitos desafios na implementação de gêmeos digitais serão superados, abrindo as portas para casos de uso mais avançados.


Um desses exemplos são as fontes de energia renováveis que ​ dependerão fortemente de dados em tempo real alimentados a plataformas IoT conectadas a sensores climáticos, painéis solares, turbinas eólicas, sistemas de gerenciamento de bateria e ferramentas de rede. O metaverso permitirá esse nível de gerenciamento de dados em escala, permitindo o uso sustentável e otimizado de energia.


Além disso, em se tratando do uso da realidade aumentada no Metaverso, ela pode ser aplicada às redes sensoriais na estrutura IoT para trazer objetos físicos para o reino digital. Isso ajuda as experiências da vida real, fornecendo contexto e consciência situacional para os respectivos objetos. Seja a colocação física de fatores no campo de visão, ou iniciando um evento ciber-físico ocorrendo no mundo real.


A título de exemplo, imagine um cenário cuja mesma interface do jogo propicie uma perspectiva na qual os batimentos cardíacos e respiratórios do avatar estejam elevados. Havendo isso, poderá se cogitar a possibilidade acionar procedimentos internos de etapas pré definidas para que o indivíduo se vincule com essa nova realidade e lide com responsabilidades para solucionar esses problemas apresentados.


Portanto, pode-se dizer que a IoT deverá ser como um elo entre o mundo real e o cibernético para o futuro do Metaverso. A integração de diversos recursos tecnológicos é essencial para essa evolução, ainda mais em um espectro ainda tão pouco explorado e incerto, no qual a única certeza é de que existe um mar de opções e possibilidades para se experimentar. Em suma, neste oceano chamado Metaverso, a isca que separa o que está imerso na água e tudo aquilo que está submerso a ela, está ligado diretamente a IoT.


*Adriano da Silva Santos é um jornalista e escritor, formado na Universidade
Nove de Julho (UNINOVE)