Edit Content

Menu

5g

O impacto do 5G no mundo corporativo

O impacto do 5G no mundo corporativo

A tecnologia promete habilitar aplicações emergentes como IoT e IA. O resultado é que gigantes do mundo telecom, como a Huawei, voltam seus olhos para o universo enterprise

Compartilhar:

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on email
Share on whatsapp

O segmento corporativo irá se beneficiar do 5G não só por meio das operadoras, mas também em seus data centers e clouds privadas. Essa é a aposta da Huawei, que já se prepara para avançar no mundo corporativo com a criação de uma Unidade de Negócios Enterprise. Durante o Mobile World Congress, que aconteceu este mês em Barcelona, a gigante chinesa apresentou seu novo business e lançou diversas soluções para empresas de vários setores.

 

O 5G chegou para ficar e bastava olhar as milhares de soluções apresentadas no MWC19, em Barcelona, para não ter a menor dúvida disso. A GSMA, que representa as operadoras em todo o mundo, mostrou que somente na Europa a indústria móvel pode crescer de 550 para 720 bilhões até 2022. E mais, até 2025, o 5G já seria 30% de todas as conexões do continente europeu. A adoção do 5G vem sendo apontada como habilitadora das tecnologias emergentes, como internet das coisas, inteligência artificial, realidade aumentada, entre outras.

 

Para Carlos Alberto Roseiro, diretor de Soluções da Huawei, o primeiro efeito imediato do 5G para o segmento corporativo será a cobertura, já que em várias localidades muitas empresas sofrem por falta de conectividade de qualidade e com preço acessível. “Em muitos casos a cobertura não é aquilo que se esperava para que empresas possam utilizar e gerir o seu negócio. Esse é o primeiro impacto positivo do 5G”, disse ele.

 

Na esteira do 5G, no entanto, junto com conectividade virão uma série de serviços de cloud computing. Com isso, as operadoras no segmento B2B serão mais do que provedoras de telecom, serão provedoras de serviços. Roseiro exemplifica o caso do storage, hoje um desafio para várias corporações.

 

“As empresas que necessitarem de armazenamento não precisam mais comprar servidores, podem adquirir essa solução como serviço, com conectividade de alta largura de banda e de qualquer lugar. Esta é a grande tendência do B2B, juntar conectividade com cloud”.

 

De olho no Enterprise

 

Para a Huwaei, o setor de telecom sempre foi o segmento de negócios mais importante da companhia, e continua sendo. No atual modelo de negócios, a unidade de carrie cresce a passos largos, além do segmento de consumer, com a linha de smartphones voltada para o usuário final. Entretanto, a cada ano, o setor corporativo vem ganhando corpo dentro da companhia.

 

Durante o MWC, a companhia chinesa oficializou sua Unidade de Negócios Enterprise e apresentou diversos produtos e parcerias com empresas de segmentos como indústria, bancos, governo, entre outros.

 

“Para esse segmento de mercado, estamos oferecendo uma linha de produtos de TI que incluem servidores, soluções de data center e podemos chegar a alguns equipamentos de telecom para roteamento interno, na construção das redes privadas dessas companhias”, enfatizou Roseiro.

 

Questionado sobre como avalia o crescimento da Huawei no segmento enterprise, o executivo acredita que ainda exista um caminho de aprendizado e de melhoria de processos, para que a empresa venha um dia a ser tão grande no segmento corporativo quanto é no de carries.  “Por enquanto é um mercado que esta sendo desbravado”, concluiu ele.

 

Entre os lançamentos apresentados durante a MWC, em Barcelona, pela nova unidade enterprise estão o Wi-Fi 6, que promete uma taxa de acesso total, de um único ponto, além de 10 Gbps, e mais a melhoraria do número de usuários simultâneos em quatro vezes; o CloudEngine16800, switch de data center com alimentação AI; o OceanStor Dorado, armazenamento inteligente em flash; e câmeras AI definidas por software.

 

*Graça Sermoud viajou para Barcelona a convite da Huawei.