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E-commerce é alternativa para queda no movimento de shoppings centers

E-commerce é alternativa para queda no movimento de shoppings centers

Para manter a receita diante das mudanças nos hábitos de consumo, estabelecimentos podem criar centros de retirada de mercadorias compradas online e investir em mais opções de entretenimento

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Até 2022, um quarto dos shoppings centers americanos deverão encerrar as atividades, de acordo com previsão do banco Credit Suisse. Atualmente, os Estados Unidos possuem 1.100 centros comerciais ativos, ou seja, se a estimativa estiver correta, em cinco anos, até 275 deixarão de existir.

 

O principal motivo para a mudança é a transformação do comportamento do consumidor, com o desenvolvimento do comércio eletrônico e o crescimento de redes com menores preços, como os outlets.

 

Essa tendência também é notada no Brasil. De acordo com estudo do Ibope Inteligência, 20 shoppings centers inaugurados em 2016 estão com uma taxa de vacância de 55%. Após 2013, a ociosidade em estabelecimentos novos é de 900 mil metros quadrados, o que corresponde, na média a 7,6 mil lojas. Até shoppings consolidados possuem médias de desocupação com variação entre 9,1% e 8,5% no período de 2015 a 2016.

 

Para Rafa Forte, country manager da VTEX, o momento representa uma oportunidade para os empreendedores investirem no varejo virtual. “Com o aumento da demanda por produtos mais customizados pelo público, as empresas precisam se reinventar e oferecer mais variedade para os consumidores. Os e-commerces e marketplaces são a melhor opção de negócios com um leque de infinitas possibilidades”, explica Forte.

 

De acordo com a pesquisa da realizada pela consultoria Provokers para o Google Brasil, 96% dos usuários pesquisam na internet antes de decidir em que loja irão comprar; 92% gastam mais tempo pesquisando sobre uma marca ou produto online do que em uma loja física; 66% compram online para retirar presencialmente.

 

“A nova geração quebrou a barreira entre os online e offline. Os shoppings centers devem acompanhar essa tendência tecnológica de comportamento, adotando práticas atuais a sua operação como a adoção de um atendimento personalizado, site com carregamento rápido, ponto físico para retirada de compras online e a utilização de redes sociais e portal para esclarecer dúvidas em tempo de resposta imediata” diz Rafa Forte.

 

Um dos fatores predominantes para a queda do fluxo de vendas é a mudança de comportamento dos consumidores, que passam a buscar mais comodidade. A estrutura familiar reduzida também modificou os hábitos de compra, expandindo a pesquisa de entretenimento para outros centros. Com a migração de visitas e pedidos para o digital, nos próximos 10 ou 15 anos os shoppings centers deverão perder mais força, podendo até desaparecer.

 

“Aproveitar o fluxo de pedidos do mundo digital para criar um centro de despacho de produtos com as lojas físicas é uma solução que os shoppings centers podem aplicar para aumentar a receita”, diz Forte. Outra opção é aumentar as ações de entretenimento do shopping, gerando mais fluxo de potenciais consumidores. “Mesmo que o fluxo não seja o ideal, pois o objetivo prioritário não é a compra, o posicionamento das ações em áreas estratégicas leva o consumidor a percorrer todo o shopping, observando as lojas”, conclui.