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Indra utiliza inteligência artificial para prevenir incêndios florestais

Indra utiliza inteligência artificial para prevenir incêndios florestais

O sistema Faedo é capaz de detectar as menores fontes de fogo a quilômetros de distância

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O período de inverno é caracterizado pelo clima seco, no qual as queimadas se tornam mais intensas, principalmente nas regiões rurais. Somente em São Paulo, durante o mês de julho houve aumento de 11% em relação ao mês anterior. Pensando nisso, a Indra, desenvolveu o Faedo, uma solução inovadora capaz de detectar até os menores focos de incêndio a dezenas de quilômetros de distância. O principal objetivo é fornecer uma ferramenta eficaz para sanar os danos cada vez mais rápido.

 

Isso é possível graças ao algoritmo do sistema, que é capaz de distinguir o fogo de outras fontes de calor, como o motor de um veículo ou um animal, por exemplo. “O grau de precisão é o que torna este sistema único. Conseguimos minimizar os falsos alarmes, um desafio que esta tecnologia ainda enfrentava para ser realmente eficaz”, explica Hosain Badouch, chefe do Centro de Excelência em Segurança da Indra em León, onde a solução foi desenvolvida.

 

Para cumprir essa tarefa, torres equipadas com câmeras e infravermelho são implantadas em conjunto a sensores, que medem a quantidade de árvores impactadas por cada incêndio. Além disso, estações meteorológicas ajudam a conhecer com precisão o clima e a saber qual é o risco de incêndio de cada região.

 

Uma vez identificado o possível foco de incêndio, o sistema envia um alerta à unidade de atendimento mais próxima, com coordenadas do local, vias de acesso mais rápidas e pontos de coleta de água. Também são enviadas informações relacionadas à temperatura, velocidade do vento, direção na qual o fogo se espalhará, comunidades que poderiam ser afetadas e pontos para controlar melhor a situação.

 

Caso o incêndio se espalhe, o Faedo fornece aos gerentes informações em tempo real sobre a posição de cada unidade de atendimento e o status dos veículos estão indo ao local, trazendo assim uma visão em tempo real para reagir e garantir a segurança das tropas. Ao mesmo tempo, os profissionais que estão trabalhando na área do foco acessam pelo celular todas as informações do sistema e recebem as imagens captadas pelas diferentes torres.

 

Todas as informações são gravadas para análise posterior. Assim, é possível determinar as causas e a origem do incêndio, tomar medidas preventivas e estudar como melhorar o combate ao fogo.

 

Além da confiabilidade e segurança, a Indra destaca que o sistema reforça a segurança das pessoas que vivem na área, protege a biodiversidade e economiza custos. “Esta tecnologia nos dá a possibilidade de manter uma vigilância constante e maior precisão em casos de incêndios intencionais, que tendem a começar no fim do dia, quando a vigilância é reduzida”, afirma Badouch.

 

O próximo passo é implantar mais sensores, aproveitando as imagens captadas pelos satélites e incorporando drones de vigilância que permitem verificar se um alarme é falso ou real de maneira mais rápida. “Cada vez teremos mais dados em tempo real para monitorar as florestas e conseguir antecipar até o fogo, implementando medidas para evitar catástrofes”, afirma a companhia.