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Os caminhos da digitalização das cooperativas de crédito

Os caminhos da digitalização das cooperativas de crédito

Segundo Elias da Silva, presidente da Diebold Nixdorf no Brasil, clientes estão assumindo novo perfil e exigem transformação dos serviços, com soluções mobile banking, internet banking, transparência, rapidez e praticidade

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Elas possuem uma crescente participação no mercado de instituições financeiras e, com seus mais de 100 anos de existência no Brasil, continuam alcançando grandes resultados. Falo das cooperativas de crédito, que, originadas no contexto agrícola no Brasil, hoje em dia constituem uma alternativa aos grandes bancos de varejo por apresentarem uma taxa de juros menor e mais facilidades para obtenção de crédito.

 

Atualmente, as cooperativas somam 3% dos ativos financeiros do país e nos últimos cinco anos, elas cresceram a taxas de 21% ao ano, ritmo superior ao dos grandes bancos (14% ao ano). Se operassem juntas, as quatro maiores cooperativas de crédito no Brasil seriam o sexto maior banco do país, com ativos de R$ 220 bilhões. Segundo dados do Banco Central, o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo conta com mais de 1000 cooperativas, mais de 4.400 postos de atendimento e 8,3 milhões de cooperados.

 

São números grandes e promissores, e neste contexto de pleno crescimento, há o desafio de acompanhar o perfil de clientes que buscam cada vez mais por experiências conectadas, integradas e sempre à mão. Os bancos já oferecem soluções mobile banking, internet banking e serviços que conectam cada vez mais os mundos físico e digital do dinheiro. E as cooperativas? Seus clientes, costumeiramente bem fidelizados, também estão assumindo um novo perfil – são mais engajados digitalmente, primam pela economia de tempo e transparência para solucionar suas demandas financeiras diárias, e tudo aliado à rapidez e praticidade que a tecnologia pode proporcionar.

 

Algumas cooperativas já oferecerem serviços via internet e mobile, e agora poderão ampliar sua gama de operações digitais, garantindo mais autonomia aos seus clientes. Acompanhando o processo de digitalização dos serviços financeiros, recentemente por meio da aprovação do Conselho Monetário Nacional (CMN) e a Resolução Nº 4480, as cooperativas de crédito puderam dar um grande passo no caminho da digitalização de suas operações. Por meio dessa medida, o usuário poderá abrir contas remotamente, cadastrar documentos via fotos e começar a usufruir dos serviços da instituição, função já regulamentada para bancos.

 

Essa regulamentação confirma as tendências de digitalização que este setor deve seguir. Assim como os bancos, as cooperativas devem estar atentas ao novo paradigma digital de atendimento. Este novo contexto, impulsionado pela chegada das fintechs, estimula as instituições a pesquisarem, desenvolverem e inovarem no atendimento de maneira personalizada e integrada aos diversos canais em que os clientes estão inseridos.

 

* Elias da Silva é presidente da Diebold Nixdorf no Brasil