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Bancolombia aposta no modelo digital

Bancolombia aposta no modelo digital

Aplicativo desenvolvido pela Wipro tinha como objetivo desafiar os modelos bancários tradicionais na Nequi, marca digital do Bancolombia

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Há alguns anos, abrir uma conta, pagar um boleto ou ainda transferir valores demandava grande movimentação, deslocamento, às vezes uma tarde inteira na agência bancária. Hoje, realizar todas essas atividades depende apenas do mover dos dedos, no computador e, especialmente, via celular. E foi entendendo exatamente esse movimento que, em 2014, o Bancolombia, contatou a Designit, uma agência de design integrada que faz parte da divisão Wipro Digital da Wipro para leva-los a um caminho 100% digital.

 

A meta estava clara e era ambiciosa: a marca digital do Bancolombia, Nequi, desejava desafiar os modelos bancários tradicionais e se destacar no movimento que já caminhava para o serviço de banco mobile com uma oferta centrada em aplicativos. O resultado? Hoje, Nequi é o primeiro aplicativo financeiro na Colômbia usando biometria – facial, voz e impressões digitais – para fins de segurança e usabilidade. Está em pleno modo de produção desde julho de 2016, e em seu primeiro mês ganhou mais de 12 mil clientes. Atualmente, o aplicativo já foi baixado por quase 200 mil pessoas e possui cerca de 40 mil usuários.

 

O Caminho até o Digital

 

A Bancolombia, o maior banco da Colômbia e um dos 10 maiores líderes financeiros na América Latina, contatou a Designit com o objetivo de conhecer o que pode ser definido como inovação focada no cliente, além de metodologias de design de serviços. “Precisávamos de pessoas sem experiência em bancos tradicionais e que, ao mesmo tempo, fossem especialistas em experiência e usabilidade do usuário”, explica Andrés Vásque, CEO do Nequi

 

Então, em dezembro de 2014, foi formada uma equipe de pessoas de muitas áreas da Bancolombia, com uma equipe de designers, pesquisadores, designers de negócios e pessoas não relacionados ao setor bancário. O foco era entender como eles iriam estruturar o que foi chamado de “neobank” 100% digital. Com expectativas, cronograma e modelo de negócio alinhado, o time trouxe a ideia de projetar um serviço que permitisse às pessoas usar e gerenciar seu dinheiro, por meio dos seus próprios smartphones, e sem pontos físicos, como as agências bancárias, mas acima disso com a suas rotinas financeiras realmente sincronizadas com suas vidas cotidianas.

 

“Começamos por compreender a visão de futuro interna que a Bancolombia tinha para seus negócios, consumidores e mercado. Depois a equipe criou um novo modelo em que a receita não provém de taxas transacionais, mas de uma gama de produtos e serviços criados de acordo com as necessidades reais de um usuário”, detalha Mikal.

 

Após analisar protótipos e realizar testes em universidades, foi iniciado um processo de desenvolvimento de um MVP (Produto Mínimo Viável) que estava disponível em testes fechados a partir de novembro de 2015, e a partir daí a fase de estabilização e otimização levou o Nequi à App Store e à Google Play Store em junho do ano passado.

 

A ideia-chave era criar um novo conceito de banco, com uma nova maneira de pensar e ferramentas em apenas 15 semanas. E a equipe Designit conseguiu. Nequi é um neobank e funciona sob a mesma licença bancária da Bancolombia, mas tudo é novo – novo core banking, uma nova equipe, nova marca, uma nova empresa e uma experiência humana completamente nova, além do modelo de negócios e serviços. O Nequi oferece serviços bancários todos os dias: mas não é um banco, é uma plataforma.

 

“O aplicativo foi criado com base na crença de que o banco deveria ser uma plataforma onde os usuários podem ter vários serviços relevantes fornecidos pelo mesmo banco ou por terceiros. Os usuários têm o direito de escolher”, reitera Hallstrup

 

Ele foi lançado em novembro de 2016, ao mesmo tempo que o primeiro bot transacional do Facebook na América Latina. O bot é chamado Eva, e pode verificar os saldos dos clientes, enviar dinheiro e recarregar crédito celular. “O Nequi foi construído como uma plataforma aberta, com o objetivo de desenvolver um modelo de negócios inovador baseado em interfaces de programas de aplicação”, destaca Vásque.