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Internet das Coisas: desmistificando implementações

Internet das Coisas: desmistificando implementações

Durante o Furukawa Summit, especialistas debatem aplicações da IoT em Smart City e a diferença que essa tecnologia pode fazer nos negócios

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A internet das coisas (IoT) é uma das tendências de TI mais significativas na era da conectividade. Conforme ela avança e se torna cada dia mais valiosa para acessar informações, mais eficiente a rede convergente precisa ser. Aliás, a IoT deve gerar aproximadamente US$ 11 trilhões na economia global até 2025 e suas aplicações extrapolam o meio corporativo, impactando também em melhorias no cotidiano da população.

 

Durante o Furukawa Summit, evento que acontece nessa semana, em Foz do Iguaçu, no Paraná, os especialistas da companhia e convidados debateram as diretrizes dessa tendência e como ela pode fazer a diferença na vida de pessoas e empresas. Isso porque a IoT necessita da eficiência convergente da infraestrutura de rede para entregar em tempo real informações valiosas.

 

“No Brasil, são 105 milhões de usuários no Facebook e 130 milhões no WhatsApp. Estamos vivendo uma evolução exponencial da era da conectividade e as cidades precisam acompanhar esse movimento”, destaca Cesar Taurion, head de Transformação Digital do Instituto Smart City. Na visão do executivo, a IoT já tem algumas aplicações comuns no conceito de cidades inteligentes como iluminação pública e departamento de trânsito.

 

“Entretanto, para esse projeto dar certo, as cidades precisam descobrir sua vocação e a partir disso identificar o GAP. Só assim será possível desenhar uma estratégia para implementar tecnologias que ajudem nessa jornada. É o modelo de negócio que precisa mudar, um posicionamento que repensa toda a cidade”, acrescenta.

 

 

Até o apresentador Marcelo Tas participou do evento e provocou a plateia no sentido de ouvir os consumidores e aproveitar as oportunidades do mundo conectado. “Os internautas no Brasil movimentam hoje R$ 2.8 trilhões! A maioria dos brasileiros baixo de 40 anos está conectada. E isso nos motiva a participar dessa evolução, nunca foi tão fácil ouvir o consumidor, ele pode nos ajudar a transformar modelos de negócios”, explana.

 

Convergência das Redes

 

Daniel Blanco, diretor de Vendas de Soluções para Smart City da Furukawa, destacou que para uma cidade ser inteligente, um ponto importante é a convergência das redes de comunicação em uma só e a automação dos serviços públicos deve estar em uma rede privada. Por isso a rede de fibra óptica em topologia Mesh é a ideal, pois ela segue a arquitetura em malha das cidades com a capacidade para segmentação e criação de rodas redundantes. Isso garante segurança e alta disponibilidade dos serviços.

 

Em conjunto com diversas empresas parceiras da Furukawa, Blanco pilotou um projeto em uma cidade do nordeste brasileiro. A ideia é ampliar a extensão da rede de fibra óptica, que saiu de 26 quilômetros em 2013 para 240 em 2017. O projeto conecta todos os órgãos da prefeitura e tem como objetivo aperfeiçoar os serviços em áreas como Educação, Saúde e Mobilidade. Por meio de redes convergentes, foram conectadas 100 unidades de saúde, 1.000 escolas e 400 semáforos.

 

O destaque é a solução FiberMesh, que permite criar até quatro rotas redundantes com roteamento automático do tráfego e conexão com anel de fibra óptica. Esse projeto garantiu redundância e 99,99% de disponibilidade à cidade. “O importante nesse projeto, e em qualquer outro que envolva o conceito de Smart City, é fazer sentido para as necessidades da cidade e integrar com serviços críticos a fim de estabelecer um modelo que atenda todo ecossistema”, completa o diretor.

 

Quebrando paradigmas

 

Dificuldade em visualizar a melhor forma de integrar os dispositivos inteligentes aos processos e modelos de negócio. Esse tem sido um dos principais desafios enfrentados pelas organizações interessadas em investir no conceito de IoT no Brasil, de acordo com pesquisa recente realizada pelo CPqD junto a profissionais de diferentes setores da economia.

 

A instituição entrevistou 100 especialistas, 35% possuem alguma iniciativa em andamento relacionada à internet das coisas, enquanto 42% planejam iniciar a implantação de iniciativas desse tipo em até um ano, 23% avaliam essa possibilidade a longo prazo.

 

“De acordo com o que temos pesquisado, a IoT tem forte tendência em cidades inteligentes e nos setores de Saúde, Indústria e Agronegócios. No momento, estamos trabalhando nas políticas para desenvolver essas aplicações nos próximos meses”, explica Paulo Curado, diretor de Redes Convergentes do CPqD.

 

Segundo ele, em termos de protocolos, o IPv6 dominará o ecossistema de IoT no Brasil, além disso, protocolos de roteamento ópticos se encarregam de demandas adicionais. No campo de soluções de acesso, WiFi com vocação para automação residencial e industrial; diversidade de tecnologias em espectro não licenciado; e bluetooth como gateway de werables são as principais tendências.

 

*Léia Machado viajou a Foz do Iguaçu a convite da Furukawa Electric