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A gestão por trás da DXC Technology

A gestão por trás da DXC Technology

Em entrevista à Decision Report, o presidente local, Luciano Corsini, fala sobre seu modelo de gerenciamento e os planos da empresa em “ir pra guerra” no mercado de serviços de TI

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“A carreira de um profissional pode ser tudo, menos uma linha reta”, explana Luciano Corsini, presidente da DXC Technology no Brasil, empresa que acaba de ser criada, fruto da fusão da CSC com a área de Enterprise Services da HPE. A expectativa para este primeiro ano de vida é de um faturamento na ordem de US$ 25 bilhões. Globalmente, a companhia conta com 170 mil funcionários e presença em 70 países. No Brasil, a companhia tem escritórios em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre.

 

Em entrevista à Decision Report, o executivo fala sobre sua carreira, de engenheiro à liderança de empresa, gestão e os planos da DXC em “ir pra guerra” no mercado de serviços de TI.

 

Decision Report: Quais são as qualidades de um gestor em uma empresa de TI?
Luciano Corsini: Meus pais sempre me ensinaram a ser independente e correr atrás dos meus objetivos. Iniciei minha carreira como office-boy em 1982 e conquistei muitos cargos, são mais de 30 anos dedicando minha vida à área de Tecnologia da Informação.
Sempre falo para meus colaboradores que nossa carreira pode ser tudo, menos uma linha reta. Mesmo sendo formado em engenharia, tinha um apreço pela gestão e iniciei nessa área em 1997.

 

Fui desenvolvendo minhas habilidades de comunicação, saber ouvir e entender as pessoas, vê-las crescer e ter diferentes oportunidades na carreira. Descobri que adoro lidar com o ser humano e isso me proporcionou posições mais altas nas organizações que passei e hoje estou aqui.

 

DR: Chegar à presidência local de uma empresa que já nasceu valendo US$ 25 bilhões foi apenas habilidade ou sorte?
LC: Convivi com diversos diretores e um deles me falou sobre o significado de um diagrama chinês que diz: “Sorte é uma mistura de talento e oportunidade”. Me enquadro nesse lema, pois o ser humano não pode ser julgado pelo o que ele é, mas pela quantidade de vidas que ele tocou.

 

Saber construir times que sejam performáticos, que tragam resultados positivos para as organizações, ser transparente, ter ética, sair da zona de conforto e respeitar o outro. São condutas importantes para o gestor, porque no final, o que conta são as relações humanas.

 

DR: E como você está aplicando essas técnicas na DCX?
LC: No primeiro dia de trabalho eu fui me apresentar aos funcionários. Essa relação de conhecimento dos colaboradores é fundamental para estabelecermos as estratégias de comunicação e fazer o trabalho fluir. A recepção foi muito boa, havia muita expectativa de fazer as coisas darem certo.

 

Após as apresentações, desenhamos nosso plano de trabalho e a sinergia das equipes aconteceu, entendemos que um mais um dá dois, ninguém se sobrepõe, mas se completa. Além da complementariedade de portfólio e modelo de negócio, ganhamos em escala, em grandes contratos e capital intelectual. Iniciamos nossas operações com 60 anos de experiência. Temos um time muito forte para trabalhar de forma agnóstica com foco na era da transformação digital.

 

DR: E por falar em demandas do CIO, de que maneira a DXC pode contribuir?
LC: Daqui pra frente o gestor de TI terá que equilibrar a inovação e investimentos em novas tecnologias com os sistemas legados. É um enorme desafio porque os recursos são finitos, seja em aportes em soluções ou no conhecimento dos profissionais.

 

DR: Isso tem a ver com a transformação digital e a necessidade de reinvenção dos negócios?
LC: Sim. E nesse cenário, não tem estratégia certa ou errada, existem as empresas que já nasceram na era digital e aquelas que estão gerenciando seus parques tecnológicos e seus negócios no presente, mas com olho no futuro, desenhado seus planos de modernização. A empresa será bem-sucedida se ela souber ser ágil, administrando suas complexidades.

 

E isso precisa mesmo ser melhor estuado porque a digitalização não é apenas criar uma interface digital, mas revisar processos, ganho de eficiência, conhecimento dos seus clientes e usar isso para maximizar seus resultados. Tudo isso tem a ver com o que a TI entrega para o business, fazendo com que toda a organização seja mais ágil, competitiva e conheça melhor o cliente. Esse é o papel é da TI e o meu também.

 

DR: O desafio também é seu para entender onde está a dor do cliente?
LC: Com certeza, por isso tenho a premissa de estar sempre junto com o cliente. Passo 4 dias da semana visitando e conversando com as empresas, a hora da verdade é em frente ao cliente, sempre. O olho no olho não é só para resolver problemas operacionais, para discutir sobre preços ou revisão de contratos, é para que ele entenda que tem com quem contar.

 

DR: Ou seja, no amor e na dor?
LC: Exato. Eu já fui cliente e a única certeza que tenho é que algo vai falhar, seja o hardware, o software ou uma pessoa. E não tenho medo desse problema, mas das atitudes que são tomadas diante do problema. Quem vive de serviços de TI vive de referência e quando estou conversando com meus clientes prefiro indicar os desafios que vivi com outras empresas. É aquilo que falei no início, ser transparente, caminhar junto e focar no que é importante para o cliente.

 

DR: Então a empresa está pronta para o futuro?
LC: Sim. Vamos para a guerra! Temos um trabalho mais consultivo junto aos clientes de diversas verticais de negócio. Globalmente, a operação trabalha dessa forma, com foco em cada segmento de negócio. No Brasil, destacamos algumas indústrias estratégicas como Finanças, Saúde, Manufatura, Varejo e Comunicação/Mídia/Telecom. Nosso foco é no crescimento da empresa e dos nossos clientes.