A Furukawa Electric acaba de anunciar um investimento de US$ 150 milhões na ampliação de produção de novas plantas de fibra óptica. Quem vai liderar essa implementação, que se inicia no final de 2017 e tem prazo para terminar em 2020, são os Estados Unidos. O objetivo dessa iniciativa é atender à crescente demanda de data centers e as aplicações de internet das coisas.
O Brasil também será impactado, até porque a operação local passa por uma ampliação de fibra desde o início do ano. Mesmo com uma recessão econômica não só no Brasil, mas em toda América Latina, a Furukawa não teve problemas de budget. De acordo com Foad Shaikhzadeh, presidente da Furukawa Electric Latam e VP do Grupo Furukawa Electric, a companhia diversificou produtos e ampliou portfólio, além de avançar no marketshare.
“O que me tira o sono não é a crise, mas a demanda que virá assim que ela passar”, pontua o executivo durante almoço com a imprensa no Furukawa Summit, evento da empresa focado em clientes que está sendo realizado nessa semana, em Foz do Iguaçu, no Paraná. Para ele, o bom desempenho da companhia japonesa está pautado na forte demanda por fibra óptica no Brasil, tecnologia que vai suportar o mundo conectado daqui pra frente.
Aliás, um mundo conectado é o tema do evento. Não é novidade de que o uso crescente das redes sociais, da explosão dos serviços de vídeos sob demanda, o armazenamento na nuvem e as aplicações de internet das coisas têm acelerado a demanda pela conectividade. O desafio aqui está em montar uma rede de banda larga com infraestrutura de comunicação baseada em redes ópticas.
Aqui entra em campo o grupo japonês, com 130 anos de existência e presente no Brasil desde 1974. Com uma atuação que passou pela exploração de minério de cobre e hoje foca na fabricação de soluções para infraestrutura de redes de comunicação e energia, a companhia concentra o portfólio em produtos de cabeamento estruturado, cabos ópticos, equipamentos, serviços e softwares de gestão.
“A base das principais tendências tecnológicas como data center, Smart cities e IoT, por exemplo, é nosso core business. Estamos trabalhando para buscar a liderança das redes de comunicação que suportarão o futuro dessas aplicações”, acrescenta o presidente na abertura do evento, que reúne operadoras de telecom e utilities, provedores de serviços de internet (ISPs), profissionais de TI e parceiros de negócios da Furukawa de quase todos os continentes.
“Hoje não podemos mais pensar em produtos de forma isolada, mas como parte do contexto de uma solução, de um pensamento global, respeitando a diversidade geográfica e as culturas locais”, afirma Dário de Menezes, gerente geral de Sistemas e Soluções da Furukawa. “Por esse motivo, ampliamos nossos investimentos visando complementar nosso portfólio, com a fabricação no Brasil de equipamentos GPON e de rádios de última geração, que se somam às soluções de conectividade e cabos ópticos e eletrônicos já disponíveis no mercado”, completa.
*Léia Machado viajou a Foz do Iguaçu a convite da Furukawa Electric
