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De 1 a 5, nível de maturidade em I&O do Brasil está em 2

De 1 a 5, nível de maturidade em I&O do Brasil está em 2

Na visão do Gartner, o país peca até nas coisas mais básicas em Infraestrutura de Operações de TI como obter mais eficiência energética nos data center, saber enxergar o valor real dos investimentos e desenhar melhores processos de operações. Para mudar esse cenário, instituto sugere lista de boas práticas no setor

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Na visão do Gartner, em geral, o Brasil tem uma grande carência em Infraestrutura de Operações de TI (I&O), com um nível de maturidade muito baixa. Em uma escala de 1 a 5, o país está aproximadamente no nível 2. A pesquisa do instituto, que ouviu C-Levels de todo o mundo, inclusive no Brasil, apontou que entre os brasileiros, os investimentos em I&O ocupa a 5ª posição na lista de prioridades para 2018.

 

“Perdemos a oportunidade de aplicar coisas simples, como boas práticas em infraestrutura. Iniciativas que trazem mais eficiência e redução de custos, por exemplo”, pontua Henrique Cecci, diretor de Pesquisas do Gartner, durante coletiva de imprensa realizada hoje, 03, em São Paulo. Para ele, pecamos até nas coisas mais básicas do setor como obter mais eficiência energética dos data center, saber enxergar o valor real dos investimentos e desenhar melhores processos de operações.

 

A pesquisa do Gartner aponta que os investimentos em infraestrutura estão atrás de temas como BI/Analytics, digitalização, CRM e automação. Cecci alerta o mercado sobre essas prioridades, até porque, para que as empresas possam entrar, de fato, em um processo de transformação digital, a capacidade computacional das infraestruturas de TI precisam estar na mesma página de inovação.

 

“Diante de um Brasil com uma imensa defasagem de infraestrutura, a real mudança que as empresas precisam endereçar é a transformação da força de trabalho. Somado a isso, devemos superar desafios de como organizar novas tecnologias e habilidades de automação para que organizações brasileiras tenham sucesso nessa empreitada”, acrescenta Milind Govekar, VP de Pesquisa do Gartner.

 

Para isso, o instituto acredita que a verdadeira mudança em toda infraestrutura de data center e operações será, daqui pra frente, um mix digital de soluções e conceitos que levarão as iniciativas de I&O para um próximo nível de disrupção. Isso significa que veremos nos próximos anos uma convergência de tecnologias que se integram às infraestruturas existentes a fim de atender novas demandas digitais dos negócios.

 

“Não vamos mais falar em data center, mas uma infraestrutura robusta e inteligente que inclui computação na nuvem, colocation, hosting, edge computing, agile e internet das coisas. A ideia será a entrega de uma plataforma hiperconvergente capaz de atender de forma mais completa as necessidades das empresas”, pontua Cecci.

 

Espaço para os novos

 

Inclusive, o Gartner defende o surgimento de novas empresas de data center, de preferência, que atuem não só no eixo Rio-São Paulo, mas em todas as regiões brasileiras. Isso aumentaria a competitividade do setor e desafogaria as empresas que mal lançam um novo data center e rapidamente ele fica saturado devido à grande demanda interna.

 

“As empresas locais precisam mudar a mentalidade de que precisam de um data center glamuroso, Tier 3, de boutique. Nos USA, por exemplo, existem muitos fornecedores com data centers industrializados, Tier 2, que custam mais barato e atendem muito bem as demandas de negócio. Por isso bato na tecla de que tem muito espaço para crescermos, principalmente na construção rápida de data centers mais baratos e focados no business”, alerta o diretor do Gartner.

 

Pilares de sucesso

 

Para o instituto, práticas tradicionais de Infraestrutura de Operações de TI (I&O) e arquiteturas de Data Center não são suficientes para atender às demandas dos negócios digitais. De acordo com a previsão, até 2021, 40% da equipe de TI será mais versátil que a própria tecnologia, tendo profissionais que conseguem desempenhar múltiplos papéis, cuja maioria será relacionada a negócios. Essa mudança começa primeiramente em I&O e, então, será seguida por gestores de TI não técnicos e líderes com perfil de versatilista.

 

Além disso, o Gartner identifica quatro pilares para aperfeiçoar e transformar a Infraestrutura e Operações nos próximos anos: liderança de plataforma digital, implementada de forma ágil e inovadora, focando na geração de valor para clientes.

 

O segundo passo é implementar uma estrutura programável, que se baseia em sentir e responder rapidamente às necessidades do negócio. Isso requer investimentos em compotnentes de plataforma que sejam definidos por software e que forneçam interfaces programáveis de aplicativos (APIs) para automatizar e organizar a demanda de trabalho em todas as plataformas de Cloud.

 

O terceiro pilar consiste em implementar modelos de processos e operações ágeis, não somente “ir rápido”, mas ter uma abordagem ampla de sistema de detecção e resposta. Por fim, contar com pessoas versáteis no time. O Gartner prevê que até 2020, 75% das empresas enfrentarão rupturas visíveis de negócios devido ao déficit de competências de I&O.

 

Novas competências técnicas serão necessárias, Soft Skills – habilidades transversais – tais como pensamento crítico, solução de problema, conhecimento de negócios e habilidades de comunicação, serão tão importantes quanto à qualificação técnica.

 

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